FERIDAS EM GATOS


MUITO CUIDADO, PODE SER ESPOROTRICOSE.

Estamos vivendo um momento em que os gatos estão ocupando um lugar muito especial em nossas vidas. Já não são tão rejeitados como no passado e a exemplo dos Estados Unidos, brevemente superarão o número de cães nas residências do nosso país.

Existe uma doença chamada ESPOROTRICOSE que se caracteriza por feridas que não cicatrizam que acomete gatos, cães e também o homem. Seu agente causal é um fungo chamado Sporothrix schenkii, que sobrevive no solo, troncos de madeira e caules de árvores. Ao ser inoculado ou em contato com lesões de pele ou mucosas o fungo se propaga formando lesões nodulares e ulcerativas que não respondem aos tratamentos convencionais de feridas.
Em medicina humana é conhecida como DOENÇA DOS FLORISTAS, pois é freqüente entre esses profissionais que ao limparem caules das rosas, se acidentam com espinhos contaminados com o fungo.

Os GATOS além de muito mais sensíveis, contaminam-se com mais facilidade pelo hábito de enterrar as fezes e se arranharem durante combates territoriais e reprodutivos.
A cidade do Rio de Janeiro detem índices alarmantes de casos registrados na última década, tanto em animais quanto em seres humanos. A FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ é o centro de referência para diagnóstico e tratamento na nossa cidade, recebendo também casos da Baixada Fluminense.

QUALQUER GATO COM FERIDAS QUE NÃO CICATRIZAM DEVE SER LEVADO IMEDIATAMENTE AO MÉDICO VETERINÁRIO.

O aspecto é sempre de uma ¨FERIDA VIVA¨ localizada mais freqüentemente na cabeça e patas, normalmente em gatos NÃO CASTRADOS que vão as ruas ou telhados.


O diagnóstico da doença é feito através de exames citopatológico, histopatológico (biópsia) e/ou cultura do
fungo. O próprio veterinário poderá realizar a coleta de material e enviá-lo ou encaminhar o animal para centros de referência.
O tratamento não é muito simples, pois dar remédio por via oral para gatos não costuma ser tarefa muito fácil, mas é POSSÍVEL, VIÁVEL E MUITO GRATIFICANTE.
EM CASOS CONFIRMADOS, SÓ TEMOS DUAS ALTERNATIVAS: TRATAR DO ANIMAL OU SACRIFICÁ-LO . Nunca permita que um animal portador dessa micose seja abandonado, o que é prática muito comum. Ele será mais um disseminador da doença e poderá contaminar famílias inteiras.



Lesões em humanos :





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